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  • 2 de outubro de 2011

    No teu deserto - Sugestão de leitura #2

    A "sugestão de leitura" para esta semana é : No teu deserto. de Miguel Sousa Tavares. Tenho a dizer-vos que este é um livro magnifico que se devora em poucas horas e que nos leva a experimentar e a viver a viagem como se fossemos nós a lá estar... no Deserto! Os melhores livros de viagens são aqueles que nos levam... e este leva, apanhamos boleia directa para o deserto e caímos nas dunas e ficamos com areia nos olhos e com pó no corpo e ficamos exaustos com as infindáveis horas dentro de um jeep. Para quem gosta de viagens e de aventura não se deixe enganar quando na capa vem (quase romance) porque é muito mais do que isso, completamente nostálgico, escrito de uma forma brilhante, para além de contar uma historia impressionante entre duas pessoas, também nos espicaça a viajar, a ir, a arriscar, a ser, e ser AGORA!!!


    excertos:

    «Éramos donos do que víamos: até onde o olhar alcançava, era tudo nosso. E tínhamos um deserto inteiro para olhar.»

    “-A terra pertence ao dono, mas a paisagem pertence a quem a sabe olhar.”
    “A coisa mais difícil e mais bonita de partilhar entre duas pessoas é o silêncio.”


    “Escrever é usar as palavras que se guardaram: se tu falares de mais, já não escreves, porque não te resta nada para dizer.”

    "E foi assim, abrindo a gaveta à procura de qualquer outra coisa, que, sem aviso, me escorregou para as mãos uma fotografia tua tirada durante aqueles quatro dias. Fiquei a olhar-te longamente, longa, longa, longamente. E longamente me fui dando conta de que tudo aquilo acontecera mesmo: eu não o sonhara, durante vinte anos. Nisso, quando guardam para sempre um instante que nunca se repetirá, as fotografias não mentem - esse instante existiu mesmo. Porém, a mentira consiste em pensar que esse instante é eterno, que dois amantes felizes e abraçados numa fotografia ficaram para sempre felizes e abraçados. É por isso que não gosto de olhar para fotografias antigas: se alguma coisa elas reflectem, não é a felicidade, mas sim a traição - quando mais não seja, a traição do tempo, a traição daquele mesmo instante em que ali ficámos aprisionados no tempo. Suspensos e felizes, como se a felicidade se pudesse suspender carregando no botão "pausa" no filme da vida."

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